Neste artigo exploraremos as diferentes facetas de Propriedade (filosofia) e seu impacto na sociedade moderna. Desde o seu início até à sua evolução atual, Propriedade (filosofia) deixou uma marca indelével em vários aspectos das nossas vidas. Analisaremos a sua influência na cultura, na economia, na tecnologia e na política, procurando compreender a sua relevância no mundo contemporâneo. Através da coleta de dados, depoimentos e opiniões de especialistas, pretendemos oferecer uma visão abrangente de Propriedade (filosofia) e seu papel hoje.
Propriedade, no sentido filosófico, constitui uma categoria de atributos de entidades ontológicas, atributos que se distinguem uns dos outros na qualificação das entidades. Dada a complexidade da caracterização das noções, este é um assunto em que é plausível encontrar controvérsias entre filósofos.
Em filosofia da linguagem, ou semântica, propriedade é o significado ou o conteúdo semântico atribuído a predicados monádicos. Uma propriedade caracteriza-se por ser predicável ou exemplificável de/por algo. Predicação consiste na atribuição de propriedades a uma entidade (coisa ou indivíduo). Indivíduos e coisas formam aquelas categorias de entidades potencialmente objecto de predicações ou exemplificações de propriedades. Propriedades podem ser predicadas a outras propriedades de ordem inferior.
Do ponto de vista semântico, propriedades como “é água” e “é H2O” não são sinónimos, porque exprimirem intensões distintas, muito embora tenham a mesma extensão. Nem todos os filósofos aceitam contextos intensionais. Estes filósofos adotam um ponto de vista apenas num contexto extensional, em que propriedade é vista como aquilo que é referido ou designado por predicados monádicos, pois, não passam de conceitos diferentes, ou representações mentais diferentes, da mesma propriedade. A propriedade de ser água, ou ter dois átomos de hidrogénio e um átomo de oxigénio, são conteúdos de uma única propriedade.
Para além de as propriedades serem referidas por predicados monádicos, também podem ser caracterizadas como aquilo que é designado ou referido por certas nominalizações ou termos singulares de um certo tipo. São termos complexos que resultam da aplicação a predicados monádicos, ou a frases abertas com uma variável livre, de um operador de abstracção de propriedades.
Há uma distinção, que é intuitiva, entre propriedades puramente qualitativas (ou gerais) e propriedades não qualitativas. Uma propriedade qualitativa de uma coisa é uma propriedade cuja significação não é feita sob qualquer referência a um indivíduo, ou objecto particular, através do uso de um nome próprio ou de qualquer outro tipo de designador.
Também temos uma intuição para distinguir propriedades relacionais de propriedades não relacionais. Uma propriedade relacional de um objecto é uma propriedade em cuja especificação é feita uma menção a uma certa relação entre objectos. Existirão propriedades que são simultaneamente qualitativas e relacionais. Por exemplo, a propriedade de uma pessoa ter aqueles pais como progenitores e apenas aqueles; apesar de haver um aspecto relacional nessa propriedade, não deixa também de ser uma propriedade essencial ou qualitativa. Mas em sentido estrito, as propriedades distinguem-se das relações.
Não se deve confundir o sentido acima referido com o sentido social, que significa uma pessoa ter uma coisa e o direito de a usar, ou seja, ser seu proprietário. Neste outro sentido, o uso de coisas por uns implica a exclusão do seu uso por outros. Mas em filosofia política, há diferenças entre certos tipos de propriedade. Por exemplo, o direito à propriedade dos meios de produção é diferente do direito à propriedade adquirido pelo consumo. Há diferença entre propriedade de produtor e propriedade de consumidor.