Spiculogloeomycetes

Neste artigo vamos abordar o tema Spiculogloeomycetes e explorar suas diferentes facetas. Spiculogloeomycetes é um tema de grande relevância na sociedade atual, pois impacta diversos aspectos do dia a dia. Ao longo deste artigo analisaremos a sua origem, a sua evolução ao longo do tempo e a sua influência em diferentes áreas. Além disso, examinaremos as diferentes perspectivas que existem em torno de Spiculogloeomycetes, com o objetivo de oferecer uma visão completa e enriquecedora sobre este tema. Através de uma abordagem multidimensional, pretendemos oferecer aos nossos leitores uma visão ampla e detalhada de Spiculogloeomycetes, com o objetivo de incentivar a reflexão e o debate em torno deste tema tão relevante nos dias de hoje.

Spiculogloeomycetes
Spiculogloeales
Spiculogloeaceae
Classificação científica
Reino: Fungi
Filo: Basidiomycota
Subfilo: Pucciniomycotina
Classe: Spiculogloeomycetes
Q.M. Wang, F.Y. Bai, M. Groenew. & Boekhout, 2015
Ordem: Spiculogloeales
R.Bauer, Begerow, J.P.Samp., M.Weiss & Oberw.
Família: Spiculogloeaceae
Denchev, 2009
Géneros

Spiculogloeomycetes é uma classe monotípica de fungos pertencentes à subdivisão Pucciniomycotina dos Basidiomycota, cuja única ordem, as Spiculogloeales, também é um táxon monotípico, tendo como única família as Spiculogloeaceae Denchev, 2009, que agrupa dois géneros (Phyllozyma com 9 espécies e Spiculogloea com 5 espécies). Os fungos desta classe são fungos dimórficos de hábitos terrestres, parasitas de plantas e outros fungos.

Descrição

Os membros da ordem Spiculogloeales são fungos parasitários ou saprotróficos que processam matéria orgânica em decomposição, geralmente resíduos vegetais. Caracterizam-se pela estrutura espinulosa (com a superfície recoberta por pequenos espinhos) a granulosa (superfície coberta de grânulos), morfologia auricularioide, com basídios mais ou menos cilíndricos com parede lateral septada. O agrupamento também inclui alguns tipos de fungos gelatinosos.

São fungos dimórficos com um estadio do tipo levedura em que o teleomorfo é tradicionalmente colocado no género Spiculugloea, acreditando-se que o anamorfo seja Sporobolomyces, (como Sporobolomyces subbrunneus, Sporobolomyces coprosimicola e Sporobolomyces linderae).

Taxonomia

O género Spiculogloea foi originalmente colocado provisoriamente dentro da classe Platygloeales dos Heterobasidiomycetes (antigas ordem e classe que agora são consideradas obsoletas).

Estudos moleculares posteriores publicados em 2004 com base nos dados de sequências SSU e LSU indicam que um clado Spiculogloea sp. ainda sem nome se agrupa com um clado igualmente sem nome Mycogloea sp., formando um clado bem suportado, que mais tarde passou a ser referido como a nova ordem Spiculogloeales (Bauer et al. 2006).

Em conjunto com Agaricostilbales, a ordem Spiculogloeales passou a constituir a classe Agaricostilbomycetes. Estudos publicados em 2006 confirmaram essas relações filogenéticas e permitiram a adição de algumas espécies anamórficas de Sporobolomyces às espécies já confirmadas em Spiculogloeales. Um estudo molecular recente baseado em sete genes (Wang et al. 2015a) indicou que a posição sistemática dos Spiculogloeales era variada, daí resultando a criação de uma classe Spiculogloeomycetes para acomodar a ordem Spiculogloeales.

A ordem Spiculogloeales inicialmente continha o género Mycogloea, entretanto transferido para a ordem Agaricostilbales.

O DNA desta classe foi analisado em 2020.

Ecologia

Algumas espécies de Spiculogloea são conhecidos micoparasitas, parasitando outros fungos. A espécie Spiculogloea minuta é conhecida como parasita dos basidiocarpos de Mycostilla vermiformis e de várias espécies do género Tulasnella na Noruega.

Distribuição

A ordem Spiculogloeales tem uma distribuição cosmopolita em todo o mundo, incluindo vários mares e oceanos, incluindo regiões como a Noruega, Japão, e Colômbia (América do SUl).

Referências

  1. a b Wang, Q.-M.; Yurkov, A.M.; Göker, M.; Lumbsch, H.T.; Leavitt, S.D.; Groenewald, M.; Theelen, B.; Liu, X.Z.; Boekhout, T.; Bai, F.Y. (2015). «Phylogenetic classification of yeasts and related taxa within Pucciniomycotina.». Studies in Mycology. 81: 149–189. PMID 26951631. doi:10.1016/j.simyco.2015.12.002 
  2. Natuschka M. Lee (Editor) Biotechnological Applications of Extremophilic Microorganisms (2020), p. 430, no Google Livros
  3. a b c Bauer, R.; Begerow, D.; Sampaio, J.P.; Weiss, M.; Oberwinkler, F. (2006). «The simple-septate basidiomycetes: a synopsis.». Mycological Progress. 5 (1): 41–66. doi:10.1007/s11557-006-0502-0 
  4. Denchev, C.M. (2009). «Validation of three names of families in the Pucciniomycotina.». Mycologia Balcanica. 6 ((1-2)): 87–88 
  5. Spiculogloeomycetes NCBI
  6. Schoutteten, Nathan; Roberts, Peter; Van De Put, Karel; Verbeken, Mieke (Setembro 2018). «New Species in Helicogloea and Spiculogloea, Including a Type Study of H. graminicola (Bres.) G.E. Baker (Basidiomycota, Pucciniomycotina)». Cryptogamie Mycologie. 39 (3): 311–323. doi:10.7872/crym/v39.iss3.2018.311 
  7. Grossart, H.P.; Van den Wyngaert, S.; Kagami, M.; Wurzbacher, C.; Cunliffe, M.; Rojas-Jimenez, K. (2019). «Fungi in aquatic ecosystems.». Nat. Rev. Microbiol. 17 (6): 339–354. PMID 30872817. doi:10.1038/s41579-019-0175-8 
  8. a b Aime, M.C.; Matheny, P.B.; Henk, D.A.; Frieders, E.M.; Nilsson, R.H.; Piepenbring, M.; McLaughlin, D.J.; Szabo, L.J.; Begerow, D.; Sampaio, J.P.; Bauer, R.; Weiss, M.; Oberwinkler, F.; Hibbett, D. (2006). «An overview of the higher level classification of Pucciniomycotina based on combined analyses of nuclear large and small subunit rDNA sequences.». Mycologia. 98 (6): 896–905. PMID 17486966. doi:10.1080/15572536.2006.11832619. hdl:10362/3249 
  9. C.P. Kurtzman, J.W. Fell and Teun Boekhout (Editors) The Yeasts: A Taxonomic Study (2011), p. 1346, no Google Livros
  10. Roberts, P. (1996). «Heterobasidiomycetes from Majorca & Cabrera (Balearic Islands).». Mycotaxon. 60: 111–123 
  11. Weiss, M.; Bauer, R.; Begerow, D. (2004). «Spotlights on heterobasidiomycetes.». In: Agerer, R.; Piepenbring, M.; Blanz, P. Frontiers in basidiomycote mycology. Eching, IHW-Verlag: pp. 7–48 
  12. Geoffrey Clough Ainsworth Ainsworth & Bisby's Dictionary of the Fungi (2008), p. 13, no Google Livros
  13. Michael Allaby (Editor) A Dictionary of Plant Sciences (2012), p. 556, no Google Livros
  14. Christopher C. Kibbler, Richard Barton, Neil A. R. Gow, Susan Howell, Donna M. MacCallum, Rohini J. Manuel (Editors) Oxford Textbook of Medical Mycology (2017), p. 12, no Google Livros
  15. Pietro Buzzini, Marc-André Lachance and Andrey Yurkov (Editors) Yeasts in Natural Ecosystems: Ecology (2017), p. 11, no Google Livros
  16. Tedersoo, Leho; Anslan, Sten; Bahram, Mohammad; Kõljalg, Urmas; Abarenkov, Kessy (2020). «Identifying the 'unidentified' fungi: a global-scale long-read third-generation sequencing approach». Fungal Diversity. 103: 273–293. doi:10.1007/s13225-020-00456-4 
  17. David J. McLaughlin and Joseph W. Spatafora (Editors) Systematics and Evolution: Part A (2014), p. 284, no Google Livros
  18. a b Spirin, Viacheslav; Malysheva, Vera; Haelewaters, Danny; Larsson, Karl-Henrik (1 janeiro 2018). «Studies in the Stypella vermiformis group (Auriculariales, Basidiomycota)». Springer Science and Business Media LLC. Antonie van Leeuwenhoek. 112 (5): 753–764. PMID 30535961. doi:10.1007/s10482-018-01209-9 
  19. «Spiculogloeales». www.gbif.org (em inglês). Consultado em 25 março 2023 
  20. National Astronomical Observatory Of Japan Handbook Of Scientific Tables (2022), p. 788, no Google Livros
  21. Cepero De García and María Caridad (University of Los Andes (Colombia)) Biología de hongos (2012), p. 251, no Google Livros

Bibliografia

  • McGraw-Hill, McGraw-Hill Yearbook of Science and Technology, 2010