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Vasco Graça Moura | |
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Nascimento | 3 de janeiro de 1942 Foz do Douro, Porto |
Morte | 27 de abril de 2014 (72 anos) Lisboa |
Nacionalidade | português |
Alma mater | Universidade de Lisboa |
Ocupação | Escritor, tradutor, político |
Prémios | Prémio Literário Município de Lisboa (1984, 1987) Prémio Jacinto do Prado Coelho (1985) |
Filiação | PPD-PSD |
Vasco Navarro da Graça Moura OSE • GCSE • GCIH (Porto, Foz do Douro, 3 de Janeiro de 1942 – Lisboa, 27 de Abril de 2014) foi um escritor, tradutor e político português.
Vasco Graça Moura nasceu a 3 de Janeiro de 1942, na freguesia de Foz do Douro, no Porto.
Licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, onde colaborou na publicação académica Quadrante (1958-1962) publicada pela Associação Académica da Faculdade de Direito de Lisboa.
Passou 39 meses na tropa, numa altura em que era já casado e pai de dois filhos.
Foi advogado entre 1966 e 1983.
Após o 25 de Abril de 1974, aderiu ao Partido Social Democrata, tendo sido chamado a exercer os cargos de membro da Comissão Administrativa da Câmara Municipal do Porto (1974-75), Secretário de Estado da Segurança Social (IV Governo Provisório, do independente pró-Comunista Vasco Gonçalves, porém com participação de elementos ligados ao Grupo dos Nove) e dos Retornados (VI Governo Provisório, José Pinheiro de Azevedo). Entre 1975 e 1976, foi deputado à Assembleia Constituinte, eleito pelo PPD.
Na década de 80 enveredou definitivamente pela carreira literária, que o havia de confirmar como um nome central da literatura portuguesa da segunda metade século XX e um dos maiores defensores da língua portuguesa.
Divorciou-se da sua primeira mulher, Maria Fernanda de Sá Dantas, no início dos anos 80, e voltou a casar-se mais duas vezes. Primeiro com a ensaísta Clara Crabbé Rocha — filha de Miguel Torga e de Andrée Crabbé Rocha —, em 1985, e depois com Maria do Rosário Sousa Machado, em 1987, com quem teve mais duas filhas, enternecidamente referidas em vários poemas dos seus últimos livros. A sua última companheira foi Maria Bochicchio (italiana), que o acompanhou até perto da sua morte e com quem publicou O Binómio de Newton & A Vénus de Milo.
Foi director da RTP2 (1978), membro da task force da campanha de reeleição do presidente António Ramalho Eanes, nas eleições presidenciais de 1980, administrador da Imprensa Nacional - Casa da Moeda (1979-1989), vice-presidente do PEN Clube (1982-1984), membro do Conselho Geral da Comissão Nacional da UNESCO (1983-1987), representante de Portugal no Comité Europeu do Conselho da Europa (1987), presidente da Comissão Executiva das Comemorações do Centenário de Fernando Pessoa (1988) e da Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses (1988-1995), director da revista Oceanos (1988-1995), director da Fundação Casa de Mateus, comissário-geral de Portugal para a Exposição Universal de Sevilha (1988-1992), director do Serviço de Bibliotecas e Apoio à Leitura da Fundação Calouste Gulbenkian (1996-1999) e membro do conselho consultivo da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento. Entre 1978 e 1985, escreveu e apresentou programas televisivos dedicados à poesia.
Em 1986, liderou o Movimento Contra o Acordo Ortográfico e foi uma das vozes mais críticas do Acordo Ortográfico de 1990, tendo considerado que o mesmo apenas "serve interesses geopolíticos e empresariais brasileiros, em detrimento de interesses inalienáveis dos demais falantes de português no mundo".
Juntamente com António Mega Ferreira, foi o autor da proposta de realização da Exposição Mundial de 1998 em Lisboa, que mais tarde seria considerada pelo Bureau International de Expositions uma das melhores exposições internacionais de sempre.
De novo pelo PSD foi durante dez anos consecutivos deputado ao Parlamento Europeu, integrando o Grupo do Partido Popular Europeu, desde 1999 até 2009.
Em Janeiro de 2012, o Secretário de Estado da Cultura do governo de Passos Coelho, Francisco José Viegas, nomeou Vasco Graça Moura para a presidência da Fundação Centro Cultural de Belém, substituindo assim António Mega Ferreira, mantendo-se no cargo mesmo quando procurava curar-se do cancro que lhe provocou a morte, a 27 de Abril de 2014. No mesmo dia, Pedro Passos Coelho, ex-primeiro-ministro de Portugal, destacou o percurso político de Graça Moura e a sua actividade como "divulgador das letras portuguesas", afirmando que o escritor deixou um "vasto legado literário, marcado pela inspiração e pela dedicação à língua portuguesa, que enriqueceu como poucos, uma constante procura da identidade nacional e um clarividente pensamento sobre as raízes, a herança política e filosófica e o futuro da Europa", concluindo: "Portugal perdeu hoje um dos seus maiores cidadãos".
Em 2023, a Câmara Municipal de Lisboa atribuiu o nome Rua Vasco Graça Moura a uma rua junto à LXFactory, perpendicular à Avenida da Índia.
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