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Município do Brasil | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Gentílico | queimadense | ||
Localização | |||
Localização de Queimadas na Bahia | |||
Localização de Queimadas no Brasil | |||
Mapa de Queimadas | |||
Coordenadas | |||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | Bahia | ||
Municípios limítrofes | Nordestina, Santaluz, Cansanção, Filadélfia, Ponto Novo, Caldeirão Grande, Caém e Capim Grosso | ||
Distância até a capital | 302 km | ||
História | |||
Fundação | 20 de junho de 1884 (139 anos) | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | André Luiz Andrade (PT, 2021 – 2024) | ||
Características geográficas | |||
Área total | 2 027,875 km² | ||
População total (IBGE/2013) | 26 023 hab. | ||
Densidade | 12,8 hab./km² | ||
Clima | Semi-árido | ||
Altitude | 295 m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
CEP | 48860-000 | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2010) | 0,592 — baixo | ||
PIB (IBGE/2008) | R$ 75 758,140 mil | ||
PIB per capita (IBGE/2008) | R$ 2 670,55 | ||
Sítio | queimadas.ba.gov.br (Prefeitura) |
Queimadas é um município brasileiro do estado da Bahia. A cidade localiza-se a uma distância aproximada de 300 km da capital do Estado, Salvador, e situada a uma latitude 10º58'42" sul e a uma longitude 39º37'35" oeste, estando a uma altitude de 295 metros. Sua população estimada em 2020 era de 25.433 habitantes. Possui uma área de 2.011,060 km², conforme dados registrados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Localiza-se no polígono das secas a margem direita do rio Itapicuru-açu, em terras das incomensuráveis sesmarias da Casa da Ponte, existiam as fazendas “As Queimadas”, ambas pertencentes à Isabel Maria Guedes de Brito, herdeira desses imensos territórios. Os mesmos territórios de Isabel deram origem ao munícipio de Queimadas.
A denominação das fazendas surge do fato que ali se faziam grandes queimadas de caatingas para botar roçados, hábitos este praticados pelos índios e seguido pelos colonizadores. As coivaras frequentes acabaram por assinalar para sempre o sitio a que dera o nome, posteriormente, ao povoado, à freguesia, à vila, à cidade e ao município.
Mas logo que o povoamento das fazendas começou facilitado pelas concessões que a proprietária fazia aos que nela se quisessem fixar, assim que surgiu a capela em torno da qual foi se formando o arraial, a denominação Queimadas ganhou uma complementação, passando o lugarejo a ser conhecido por Santo Antônio das Queimadas - tornando-se patrono da cidade.
Mais tarde elevada a Vila Bela de Santo Antonio das Queimadas e hoje apenas Queimadas, foi emancipada no dia 20 de junho de 1884, sendo mais uma cidade centenária no sertão nordestino da Bahia. O topônimo se enriqueceu com o nome do Santo que passou a fazer integrante da vida da localidade em todas as fases da sua história.
A invocação a Santo Antônio não se deu por acaso, segundo a lenda que se transmitiu de geração a geração com a força de fé das almas simples e crédulas. Dizem que a imagem apareceu, inexplicavelmente, debaixo de uma árvore no local onde há cento e noventa e quatro anos e se edificou a capelinha. A fazendeira tantas vezes a recolhesse, como a imagem sumia do seu rico nicho de jacarandá e reaparecia no mesmo lugar onde a encontraram pela primeira vez. O caso foi tomado como milagre e a noticia se espalhou pela redondeza, arrastando fiéis que passaram a reverenciar o local da aparição. Não havia mais dúvida: Santo Antônio estava a indicar que ali devia ser construída uma igreja, o que foi feito. E assim, no ano da graça de 1815, as obras foram concluídas, e no dia 13 de junho do mesmo ano, Santo Antônio foi entronizado e elevado à condição de padroeiro da povoação nascente.
Um fato curioso é que a mesma imagem antes símbolo de devoção foi julgada e condenada na comarca de Água Fria por crime de assassinato, após um individuo ter aparecido morto à frente da Igreja. A igrejinha construída na propriedade de Isabel Maria Guedes de Brito ainda hoje existe na sua forma original, embora, vez por outra, procurem atentar contra as suas características primitivas.
Queimadas é uma cidade com uma enorme diversidade histórico-cultural, local de descanso das tropas militares que iam em direção a cidade de Canudos, terra de antigos coronéis da República Velha (1889-1930). Queimadas é hoje uma cidade de festas populares e de pessoas que através da arte resgatam a cultura do povo brasileiro, nordestino, baiano, queimadense.
O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) de Queimadas, é considerado de médio desenvolvimento de humano pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), é de 0,592.
Apesar de não ser o ideal, o município vive uma crescente. No ano de 1991, o índice era de 0,267. No ano de 2000, o índica marcava 0,434. O mais recente medido, no ano de 2010 com 0,592.
A mortalidade infantil (mortalidade de crianças com menos de um ano de idade) no município passou de 15,23 por mil nascidos vivos, em 2006, para 10,3 por mil nascidos vivos, no ano de 2019.
A cidade é citada diversas vezes no livro Os Sertões do escritor e jornalista carioca Euclides da Cunha - considerado um dos principais livros da literatura brasileira.
Dada a importância do município na Guerra de Canudos, a cidade é recorrentemente descrita no livro.