Neste artigo vamos falar sobre Museu do Futebol (São Paulo), tema que tem sido objeto de grande interesse e debate nos últimos anos. Museu do Futebol (São Paulo) tem captado a atenção de académicos, profissionais e entusiastas, o que não é surpreendente, dado o seu impacto em aspectos tão diversos como a sociedade, a cultura, a tecnologia e a economia. Nas próximas linhas exploraremos os diversos aspectos de Museu do Futebol (São Paulo), desde suas origens até sua influência atual, desvendando suas complexidades e oferecendo uma visão abrangente deste fascinante tema. Temos certeza de que, ao final deste artigo, você terá adquirido um conhecimento e uma apreciação mais profundos de Museu do Futebol (São Paulo).
Museu do Futebol | |
---|---|
Tipo | esportes; história do Brasil |
Inauguração | 2008 |
Visitantes | 419.363 (2014) |
Curador | Leonel Kaz |
Website | www.museudofutebol.org.br |
Geografia | |
País | Brasil |
Localidade | São Paulo |
Coordenadas |
Museu do Futebol é um espaço voltado para os mais diferentes assuntos envolvendo a prática, a história e curiosidades do futebol brasileiro e mundial. O espaço cultural foi construído dentro do Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho, o Pacaembu, na Praça Charles Miller, no bairro de mesmo nome, na zona oeste da cidade. A obra foi realizada em um consórcio da Prefeitura de São Paulo com o governo estadual e lançado para o público no dia 29 de setembro de 2008.
A iniciativa para a construção do Museu do Futebol também contou com a ajuda da Secretaria Municipal de Esportes e da São Paulo Turismo – com concepção e realização da Fundação Roberto Marinho. Desde sua inauguração, a gestão do museu é realizada pelo IDBrasil Cultura, Educação e Esporte, que também administra o Museu da Língua Portuguesa. Dentre as muitas histórias contadas nos vários ambientes do museu, em uma delas é possível admirar o gramado do Pacaembu do alto, por exemplo.
O museu conta a história do futebol desde seu início no Brasil até os dias atuais. Durante o passeio, aspectos como a relação do esporte com a arte, a história das Copas do Mundo, o impacto do futebol na vida das pessoas em geral são explicados. Os visitantes têm acesso, a partir de experiências sonoras e visuais, a uma sequência de informações didáticas e ilustrativas que relacionam o esporte à vida dos brasileiros no século XX.
O Museu do Futebol busca preservar e difundir um acervo de referências sobre o futebol, tratado na exposição, não só como esporte, mas também como um aspecto social importante do Brasil.
O Museu do Futebol ocupa três andares dentro do Pacaembu. A exposição principal é dividida em 15 salas temáticas, contando de forma interativa a chegada do futebol ao Brasil e como o futebol se tornou o esporte mais importante para os brasileiros. Além das atrações, o Museu também oferece aos visitantes um acervo de conteúdos relacionados ao futebol, é a primeira biblioteca e midiateca pública especializada em futebol no Brasil. A instituição também realiza exposições temporárias, como a de troféus de campeonatos estrangeiros e uma sobre o Pelé.
Com uma área de 6.900m², o Museu do Futebol preserva o patrimônio público da cidade de São Paulo e revela de forma imponente o Estádio do Pacaembu.
A proposta do arquiteto Mauro Munhoz, responsável pelo Museu do Futebol, foi reutilizar a fachada do Pacaembu, projetada pelo arquiteto Ramos de Azevedo, na década de 1930, e revelar as estruturas do estádio. Cada sala do Museu deixa à vista o concreto das arquibancadas do estádio. As paredes são de materiais brutos, como aço, madeiras e outros. Ainda assim, são feitas de modo a darem sentido ao que é mostrado em cada local de exposição.
A arquitetura do museu também se destaca por seu projeto de acessibilidade, que visa atender visitantes com deficiência visual, auditiva, física e intelectual. Além de ser gratuita a entrada de pessoas com deficiência, nos ambientes são disponibilizadas informações em braile, audioguias e elevadores estão sempre disponíveis para o uso, além de também ser possível encontrar instrutores treinados para oferecer atendimentos quando necessário. Em 2014, a implementação do projeto rendeu ao espaço o 3º lugar no IV Prêmio Ibero-Americano de Educação e Museus.
A sala de número 9 é dedicada aos "Heróis" que contribuíram para a construção da identidade brasileira. Dentro da sala há homenagens para grandes nomes da literatura, como Carlos Drummond de Andrade, para pensadores, como o escritor Mário de Andrade, para a musa Carmen Miranda e, claro, para jogadores de futebol, como Domingos da Guia, entre muitos outros. Ainda na historicidade, o museu disponibiliza, na sala 10 dedicada aos Ritos de Passagens, um vídeo mostrando a final da Copa de 1950, disputada no Brasil, no qual a seleção canarinho perdeu o jogo final, em pleno Estádio do Maracanã para o Uruguai. O episódio, que ficou lembrado como Maracanaço, ainda registrou o maior público da história do futebol: segundo a Fifa, 174 mil pessoas pagaram para assistir à partida daquele 16 de julho de 1950, mas outras estimativas apontam que cerca de 199 mil torcedores estavam presentes no estádio no momento do jogo.
Desde o momento de sua abertura em 2008, o museu recebe diversos eventos educativos e culturais que são abertos ao público em geral. Que podem ser acompanhados no site oficial do museu.
Em agosto de 2015, o Museu do Futebol iniciou uma exposição itinerante pelo interior paulista. O "Museu do Futebol na Área", o projeto teve como intenção reproduzir alguns ambientes que podem ser encontrados em sua sede no Estádio do Pacaembu. Em cada cidade na qual o museu passou, o Centro de Referência do Futebol (CRFB), levou uma biblioteca com mais de 200 títulos que abordam as histórias dos clubes e jogadores consagrados que passaram pela região visitada. O Museu do Futebol na Área já passou por Piracicaba, Taubaté e Santos.
Um mês antes da realização dos Jogos Olímpicos de Verão de 2016 no Brasil, o Museu do Futebol recebeu a exposição o "Futebol nas Olimpíadas", que contou com diversos painéis interativos, histórias e curiosidades do mais popular esporte brasileiro, que naquele ano conseguiu conquistar pela primeira vez em sua história um título olímpico. Além disso, a programação de férias daquele ano contou com diversos equipamentos de esportes praticados nas olimpíadas como: vôlei, badminton, basquete, rugby, judô, boxe e ginástica rítmica.
Em abril de 2017, O Museu do Futebol, em parceira com os canais ESPN, recebeu a Taça da Premier League (Primeira divisão de futebol inglês), que atraiu um grande público para o local. A taça esteve presente no Museu em sua primeira passagem no Brasil e ficou exposta para os amantes de futebol durante os dias 4 à 9 de abril. Também foram expostas camisas usadas por diversos jogadores que passaram pelo campeonato inglês que são consagrados no cenário do futebol mundial.
A instituição passou a valorizar o trajeto das mulheres no mundo do futebol, através de um projeto chamado "Visibilidade para o Futebol Feminino", criado em 2015. Esse projeto visa tirar da clandestinidade a historia do futebol feminino no Brasil e contar a vida de jogadoras importantes como Sissi, integrante da primeira seleção feminina convocada pela CBF, Pretinha que participou de quatro mundiais e quatro olimpíadas e Marta eleita cinco vezes a melhor jogadora do mundo pela FIFA. A exposição que resgata a história das atletas brasileiras no esporte mais popular do país, conta também com documentos com arquivos que passam a integrar o acervo do museu. No Foyer do Estádio, foram homenageadas vinte e quatro jogadoras da Seleção Brasileira, desde 1988. Na sala Anjos Barrocos, que traz painéis e projeções de jogadores que fazem a historia do futebol, aparecem jogadoras como Marta e Formiga, que está há vinte anos na Seleção Brasileira. Já na sala Origens, é contada a trajetória dos primeiros times femininos no Brasil.
Outro desdobramento do projeto “Visibilidade para o Futebol Feminino” é a mostra itinerante, composta por onze painéis, feita especialmente para viajar para outras localidades e colaborar para tornar mais conhecida a participação feminina no futebol”, afirma a diretora do Museu do Futebol, Daniela Alfonsi. Fazem parte da mostra três vídeos com roteiro de Marcelo Duarte e narração de Claudete Troiano, que contam como o futebol feminino foi relegado ao esquecimento e que a prática desse esporte foi proibida às mulheres durante 39 anos, por Getúlio Vargas, durante o Estado Novo em 1941, sob alegação de que o corpo das mulheres não era compatível com esportes de contato físico. A exposição foi montada com a participação das próprias atletas e com o apoio de clubes e centros de memória do Brasil e do exterior. São centenas de fotografias, recortes de jornais e documentos pertencentes aos arquivos pessoais das jogadoras que contam detalhes desta história. Pra isso, uniu pesquisa, programação cultural, ações educativas e exposições temporárias.
A sala sobre futebol feminino conta com audioguia também, e os áudios são narrados por Leci Brandão.
O Museu do Futebol é frequentemente visitado por jogadores e ex-jogadores de relevância no futebol brasileiro. Como traz em cada ambiente a história do esporte mais popular do país, acabou por tornar-se referência para encontros e entrevistas dos mais diversos jornais esportivos do país. E logo em sua inauguração, o Museu recebeu o maior jogador de todos os tempos, Pelé. Que teve a oportunidade de conhecer todas as áreas do Museu do Futebol, esporte no qual o ex-atleta foi multi-campeão. Em 2015, antes da final da Copa do Brasil, disputada entre Santos e Palmeiras, os ídolos Ademir da Guia (ex-jogador do Palmeiras) e Pepe (ex-jogador do Santos) se encontraram no Museu do Futebol para conversarem sobre a decisão e se emocionaram, fazendo valer o intuito do Museu: o de tornar a história do futebol algo palpável a seus admiradores.
Em fevereiro de 2011, um dos principais jogadores da história do futebol brasileiro e o segundo maior artilheiro de todas as copas, Ronaldo Nazário, foi homenageado e esteve no Museu do Futebol durante o evento logo após de encerrar sua carreira. Ele recebeu do governador Geraldo Alckmin a medalha ao mérito esportivo e também foi nomeado como membro titular do Comitê Paulista para a Copa de 2014.
|url=
(ajuda)